Ditos, feitos e (d)efeitos
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
Ainda era ela
Foi ela que te juntos os cacos quando todos o haviam quebrado
Colou as pontas do teu sorriso pra que não mais se desfizesse
Jurou que jamais te deixaria de lado
Nem mesmo se você quisesse
Não era a perfeição que buscava
Somente afeição
Escrever era fácil de início
Hoje doi, mas só queria voltar pra casa
A tua casa, com rede e chuva
Com filme e comidinhas de amorzinho
Não esquecer irei
Não faço questão de perder
Só queria permanecer
Nas memórias ouvindo City and colours
Nas malas não ter mais o que levar
Se não a lembrança de quem um dia só queria amar amando o mar
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
Tudo ainda há
Ninguém merece
Por "amor" ser destratado
Não receber uma flor
Só reclamar de dor
Dizer que ama por vezes várias
não esperar nada
Mas assim receber somente migalhas
Não faz parte da vida tudo ser feliz
Se não, não seria vida
Seria conto de fadas
Seria eu e você ainda de mãos dadas
pensando em ser forte de verdade
Não juntando feridas amontoadas
Mas teve fim, não é feliz
Ainda não é.
Mas quem diz?
Ainda queria ter que esperar
Esperar passar pra não ser tão brusco
Mas esperança não há
Mas resta ainda o restinho de cuidado no ar
Cuidado pra não machucar
Amizade pra se doar
Ombro pra se chorar
Tudo ainda há
quarta-feira, 20 de maio de 2015
Pequenas coisas, grandes sentidos
Deixar de dizer,
outra coisa acontecer
Falar demais,
ouvir muito mais
Deixar de amar,
fazer escapar
Esquecer de mostrar,
outro tentar
Enfim acabou,
tudo deixou
Feridas criadas,
marcas eternizadas
Saudade deixou,
pq tentar não tentou.
Saudade tem fim
Saudade, pra que entender?
Se até a dor nos faz sentir
Se até em amar nos faz mentir
Querer repouso no local mais turbulento
Para ao menos dizer que eu ao menos tento
Tentei.
Não quis aceitar que é triste
Se apreço e preocupação já não existem
Pobre dor sem lugar pra doer
Pobre sentimento sem lugar pra acontecer
Extrapola e tem fim
Acaba.
Como tudo junto de mim
Juro que sem que tentes também não conseguirei.
Justo.
Sozinha seguirei.
Queria tanto querer poder ser
Como não sentir que diferente está?
Como não notar que tanta indiferença há?
Nadar, nadar, morrer no mar
Sufoca não poder falar
Lamento não corresponder
Se nem abraço pode acontecer
É tão frágil e delicado quanto um caco de vidro
Sofre porque, ó doce amada?
Nada, nada, só pode ser
Não há mais nada.
Queria tanto querer
Queria tanto poder ser
Queria tanto querer poder ser tudo pra você
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
Sórrir
Debaixo da ponte como um rio
Rápido, desvastador
Provoca agora calor
Sabor, vapor, ardor
Sem dor
Só você, é você
Com esse amor.
Sem olhar pra trás e sem medo
Desvendou todos os segredos.
Frágil agora estou,
desarmada.
Amparada.
Sem fugir, sem ir
só rir e sorrir.